Coletiva Santuário São José de Anchieta

17 novembro, 2021

Aconteceu na manhã de hoje uma coletiva de imprensa no Santuário Nacional São José de Anchieta, no Sul do Estado, para apresentação do projeto de restauro e readequação do monumento religioso que será inaugurado oficialmente amanhã (18) após três anos de trabalho. Participaram deste momento o coordenador do Cuidado do Patrimônio Histórico e Cultural da Companhia de Jesus no Brasil, Pe. Carlos Alberto Contieri; o reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta, Padre Nilson Maróstica; o Prefeito de Anchieta, Fabrício Petri; a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-ES), Elisa Machado Taveira; A presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel e representantes da Vale e do BNDES.

Após um projeto que envolveu serviços de conservação e restauração, o Santuário passa a contar, entre outros diferenciais, com um novo conceito de museu. Um centro interpretativo, com dinâmica de comunicação maior e mais interativa, que permite novos conhecimentos e diálogos com a história do local. O Santuário Nacional de São José de Anchieta é um dos mais importantes símbolos da presença dos jesuítas no Brasil e o monumento formado pela Igreja Nossa Senhora da Assunção e pela antiga residência jesuíta, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1943.

Entre as obras de modernização estão climatização, sonorização, restauro do patrimônio arquitetônico, iluminação monumental, sistema de proteção de descarga atmosférica (SPDA), segurança e projeto de combate a incêndio. Também foram realizados levantamentos históricos, pesquisa arqueológica, restauro da imaginária e dos objetos litúrgicos, digitalização do acervo e projeto de readequação litúrgica. Tudo para compor os antigos e os novos espaços de uso do Santuário que agora compreendem a Igreja, o Centro de Interpretação, o Centro de Documentação, o Café, a Loja e o Paisagismo Cultural.

Destaque especial para a acessibilidade com banheiros adaptados conforme normas técnicas, sinalização em braile, intérprete em libras nos vídeos, passarelas acessíveis no paisagismo e plataformas elevatórias para que todos os visitantes tenham acesso à Cela de São José de Anchieta e ao Centro de Documentação. E, importante, todo o roteiro textual do Centro de Interpretação terá traduções para o inglês e o espanhol.

Após o restauro, o Instituto Modus Vivendi, por meio da administração do Santuário, promoverá ações educativas financiadas pelo projeto em Anchieta, no período de um ano. O restauro do Santuário de São José de Anchieta foi integralmente aprovado pelo Iphan e efetivado pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, com patrocínios do Instituto Cultural Vale e do BNDES. O valor total do projeto foi de R$ 10,5 milhões.

As obras foram realizadas por profissionais especializados, com muito estudo, respeito às normas, responsabilidade e cuidado. Preservar as características originais do monumento, segundo os padrões rígidos internacionais do restauro, foi prioridade do Instituto Modus Vivendi, organização responsável pelo restauro.

“A riqueza arquitetônica, o conteúdo histórico e a rica história do Santo irão encantar e surpreender os visitantes. Temos certeza de que todo esse investimento promoverá um resultado muito positivo para Anchieta e para o Espírito Santo, atraindo um número ainda mais expressivo de fiéis e turistas ao local. Este projeto mudará a história da região, pois vai gerar efeito multiplicador no turismo e no desenvolvimento local a partir do uso da sua identidade cultural, da fé e da história de São José de Anchieta”, afirmou a responsável pelo trabalho de restauro, a presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel.

Embora suspenso na pandemia, a expectativa é de que o turismo religioso no Santuário seja retomado nos próximos meses, com a abertura para visitação a partir do avanço da vacinação. Tudo está pronto para receber os milhares de fiéis e peregrinos que visitam atrações voltadas para a fé e, cada vez mais, optam por monumentos que ofereçam um acolhimento seguro e confortável, e que incluam hospedagem e meios de transporte. Esse segmento, inclusive, já desponta como uma força importante para o desenvolvimento econômico, promovendo contribuições relevantes para as regiões onde se concentram, sobretudo em tempos de crise, como empregos e renda.

Segundo o reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta, Padre Nilson Maróstica, antes da restauração, o Santuário estava abandonado, em duplo sentido. “Estava esquecido, o povo não sabia da existência do prédio nem da sua importância. Não conhecia a riqueza histórica do monumento nem seu valor. Num segundo sentido, Anchieta não era conhecido. Com a canonização, ele foi restaurado. Com isso, temos visto que cresceu e multiplicou o número de pessoas interessadas em São José de Anchieta, levando em conta toda a sua devoção e interesse pelos aspectos artístico e cultural do monumento. O Santuário, então revitalizado, revigora a fé do povo no santo, aumenta a devoção. Também desperta o interesse turístico, artístico, cultural. Revitalizar o Santuário é restaurar para preservar e divulgar”, afirmou.

Para a superintendente do Iphan-ES, Elisa Machado Taveira, as obras de restauração e readequação do Santuário proporcionaram plena proteção e promoção a esse importante patrimônio jesuíta. “As intervenções permitirão democratizar o acesso às salas, promovendo a acessibilidade no local, e fomentarão o conhecimento do legado jesuíta na formação do nosso país com a criação dos Centros de Interpretação e de Documentação. Também possibilitarão restaurar e aflorar as belezas do conjunto arquitetônico que abriga a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a antiga residência dos jesuítas, tombado pelo Iphan desde 1943”, afirmou. Segundo ela, a conclusão desse projeto, realizado por uma equipe multidisciplinar, é uma ação exemplar para a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.

O diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, destacou que “o complexo arquitetônico do Santuário de Anchieta é um dos mais antigos e importantes do País. Os investimentos realizados pelo BNDES e outros parceiros contribuirão para a qualificação do turismo no Espírito Santo, ampliando também o conhecimento sobre o relevante papel do Padre Anchieta na história do Brasil colônia”.

 

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